As crianças são emotivas, empolgadas e extremamente curiosas. Adoram brincar, interagir com o outro, participar de jogos e encantam-se por desafios.
A cada descoberta, o seu corpo e mente expressam muitas emoções e sentimentos, estes são caracterizados por sensações físicas ou emocionais despertadas por algum estímulo (sentimento ou acontecimento). Cada criança tem uma reação diferente diante de algum fato e na maioria das vezes, ela não consegue verbalizar claramente o que está sentindo.
No ambiente escolar o professor fica atento às sensações dos alunos para ajudá-los a nomear e a tratar de forma adequada as suas comoções. Essa ação é de suma importância para acompanhar e refinar o desenvolvimento das habilidades emocionais dos pequenos, identificando e ensinando a lidar com o que sente e assim tornando o seu aprendizado ainda mais prazeroso e significativo.
Não temos como mensurar ou quantificar as emoções e os sentimentos, mas é possível destacar alguns:
Alegria: manifesta-se em situações positivas e prazerosas. A criança eleva seu fluxo de energia, aproxima-se do outro fisicamente por meio de abraços e toques.
“Já ouvi pais nomeando essa emoção de doidão“. “Ta doidão filho”. Não é apropriado, nem elegante.
Tristeza: manifesta-se em situações opostas a alegria. É impulsionada pela frustração ou sentimento negativo. A criança chora, verbaliza com palavras ou gestos e se afasta das pessoas.
As crianças devem viver suas emoções. Na tristeza, deixe o seu filho falar, chorar, diga a ele que você está ao seu lado para ajudá-lo a superar os seus conflitos.
Se necessário, deixe-o um pouco afastado para se recompor e explique que quando estiver pronto para conversar você o ouvirá. Ensine-o a parar, se acalmar e procurar soluções para o seu problema.
Raiva: manifesta-se em situações de superação, disputas, advertências, indignação e revolta.
Normalmente as crianças pequenas expressam sua raiva com movimentos corporais, no intuito de se defender ou de atacar.
Contem a verdade para a criança. Não prometam algo que não vão cumprir. Se ela quiser algo que não é possível, é melhor chorar de tristeza do que de raiva.
Em uma das minhas adaptações escolares combinei com a criança de levá-la para ver o pai na recepção. (Eu já havia combinado com o pai anteriormente). A criança concordou em ficar na sala sem chorar, no seu comando fomos visitar o pai na recepção. Cadê o pai? Foi embora. Conversamos com a recepcionista e a mesma explicou que o pai havia saído para comprar um pão de queijo, pois não tinha tomado o seu café da manhã. (orientação dada pelo pai)
A criança ficou com raiva, muita raiva, disse que eu havia mentido, pois o seu pai não comia pão de queijo. Levei meses para conquistar a confiança desse pequeno.
Medo: manifesta-se por um impulso negativo que impede a ação da criança para algo ou situação. O medo também regula o limite nas atitudes e motiva a superar limitações.
Como diz a minha sobrinha Gabriela Pelinson de oito anos de idade “O medo é o sentimento da ignorância.” Tia é preciso conhecer para não sentir medo. Amei essa definição!
Outras emoções permeiam o dia-a-dia da nossa vida é preciso experienciar, vivenciar e elaborar cada uma para aprimorar a competência da empatia, da liderança e gestão de pessoas, do pensamento crítico, da criatividade, da tomada de decisões, do trabalho em equipe e outros.