Quem não se derrete quando uma criança comunica do seu jeito suas palavrinhas?
Nos primeiros meses de vida o bebê se expressa por meio do choro para atender suas necessidades básicas, emite gritos e vocalizações, fica atento aos sons emitidos ao seu redor, começa a balbuciar e sorri quando interage com as pessoas. Logo, pronuncia vogais, consoantes, atende a chamados, entende consignas simples como “não”, “tchau”, começa a associar sílabas: “papa”, “mama” e quando chega entre um ano e meio aos dois consegue manter um diálogo curto, considerando um vocabulário com cerca de 40 a 50 palavras.
É interagindo com outro que a criança constrói o seu conhecimento, aprende a se comunicar e se faz compreender.
Mas é necessário ficar atento à evolução da fala e cuidar para não reforçar inadequadamente a pronúncia das palavras. Por exemplo, quando seu filho pedir “awa”, você imediatamente diz a palavra na forma correta, “Você quer água?” Evite chamar atenção dizendo que está errado, lembre-se que ele está aprendendo e levará um tempinho para se apropriar da maneira adequada. Deixe-o se sentir seguro ao tentar se expressar. Ah! Não valide o linguajar equivocado, fazendo “festa”, achando bonitinho ou engraçadinho. Essa atitude não ajuda e se permanece por mais tempo, a criança é cobrada e não entende o porquê os adultos as advertem.
De três a quatro anos, suas histórias apresentam alguns detalhes, se faz compreender com mais facilidade e suas frases são formuladas com cerca de cinco ou seis palavras. Observe se há muitas trocas como G pelo Z, (ziz ao invés de giz), F pelo V, (vaca ao invés de faca), R pelo L, (passalinho ao invés de passarinho) etc. Nesses casos, vale uma avaliação com a fonoaudióloga.
A partir dos cinco anos a criança fala com propriedade, pronuncia todos os fonemas, se não, o R que vibra de príncipe, história, brinquedo ou brasileiro é um dos últimos fonemas de aquisição para a idade.
Dicas importantes para acompanhar o progresso da linguagem: converse com a professora e pediatra para conhecer o desenvolvimento oral de seu filho, estimule-o a comer alimentos duros e com casca, conforme orientação do pediatra. Os alimentos ajudam a fortalecer as bochechas, língua, mastigação, esses movimentos são importantes para garantir esses aprendizados. Consulte regularmente um dentista que proporcionará excelentes indicações, principalmente no período de troca de dentição.
Incentive o seu filho, converse, evite gritar e expor a pronuncia incorreta, tenha paciência e entenda que cada criança tem um ritmo de aprendizagem. Essa etapa da fala tem um tempo esperado. Não compare o seu filho com outra criança, pois cada pessoa tem a sua história e nenhuma é igual à outra.